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domingo, 23 de maio de 2010

Essa Marina Silva é de DEUS!

Convicções de Marina Silva criam atrito e surge a dissidência no PV
22 de maio de 2010 às 18h37
FOLHA ONLINE
Divulgação Internet

Marina Silva, pré-candidata à presidência pelo PV
Dissidentes dizem que PV abandnou causas históricas por causa de Marina
Era de se esperar tal reação do Partido Verde (PV). O contraste entre as convicções da evangélica Marina Silva e as bandeiras "libertárias" que inspiraram a criação do PV provocou uma primeira dissidência no partido. Com palavras de ordem contra a pré-candidata ao Planalto, um grupo de militantes rasgou suas carteirinhas de filiação e articula o lançamento do Partido Livre, dedicado à defesa das minorias e de direitos individuais.
Eles afirmam que a entrada da senadora fez o PV abandonar causas históricas como a legalização do aborto e a união civil de homossexuais. "Sofremos um estupro ideológico", queixa-se a presidente do futuro partido, Rose Losacco. "Ajudei a fundar o PV e não posso admitir que joguem seu programa no lixo por causa das crenças de uma pessoa", diz.
Para receber Marina, os verdes criaram uma cláusula de consciência que permite a filiados se opor a itens do estatuto do partido por convicções religiosas. Avalista da ideia, o presidente do partido, José Luiz Penna, é o principal alvo dos rebeldes. "Ele parece o Fidel Castro, não sai nunca do poder. Está usando até aquele bonezinho verde", ataca Rose. "Hoje o PV apoia todos os governos. Virou um partido de aluguel".
No cargo desde 1999, Penna não quis comentar as críticas e a criação da nova legenda. A dissidência promove hoje seu primeiro encontro nacional, em Belo Horizonte. Vai anunciar apoio a Dilma Rousseff, do PT. A justificativa é que ela apoiaria as causas renegadas por Marina.
Os dissidentes dizem ter "quase 100 mil" assinaturas, bem menos que as 468 mil exigidas para fundar um partido. Apesar disso, fazem planos ambiciosos. "Vamos mostrar que o Livre veio para mudar a história do Brasil", promete o vice-presidente Carlos Taborda".
O grupo ainda não atraiu políticos com mandato, mas sonha com o ministro Juca Ferreira (Cultura), que se licenciou do PV para apoiar Dilma. Ele já recusou o convite. Por enquanto, o maior desafio é escapar da sigla PL, usada pelo antigo Partido Liberal (atual PR). "Queremos cair fora dessa coisa de rótulos. A gente se considera livre", diz Rose.
Esta semana, o PV sofreu outra baixa em protesto contra Marina. O presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, decidiu trocar o partido pelo PT. Em abril, um vereador verde de Alfenas (MG) acusou a senadora de se recusar a receber uma bandeira arco-íris.

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